Faltou dizer

PARA ESTOCAR – Começaram as conversações entre usineiros e governo para aumento dos preços do açúcar (e álcool), com os produtores pedindo reajustes de 70%. De uma hora para outra, o aumento pode sair, ainda que bem abaixo desse nível. Vale a pena, portanto, o consumidor fazer pequeno estoque do produto. Para uns dois meses de consumo de sua família.

PARA DESESTOCAR – Normalmente, o feijão do Paraná começa a entrar no mercado na segunda quinzena de outubro. Este ano, porém, com as chuvas do começo de junho (que provocaram inundações no Sul) a terra foi preparada mais cedo, e o plantio antecipado. Assim, já começou a aparecer feijão novo no interior do Paraná. Os preços do produto para o consumidor tendem a cair, daqui para frente. Hora de consumir os estoques domésticos e comprar o mínimo necessário.

AINDA EM ALTA – Mais dados confirmam a recuperação da economia mundial. Nos EUA, a produção industrial cresceu 0,9% em agosto, em relação a julho, e 8,7% sobre igual mês de 1982. Também na Inglaterra, a produção industrial avançou 2,1% sobre julho, e 2,5% sobre agosto de 1982.

MAIS RECURSOS – Embora sem repetir o desempenho de Goiás, onde a arrecadação do ICM cresceu 20% em relação a julho, outros Estados acusaram melhorias em suas finanças, em agosto, trazendo algum alívio aos novos governos. No Rio Grande do Sul, a previsão da arrecadação de Cr$ 46 bilhões foi largamente superada, chegando-se aos Cr$ 53,5 bilhões. Também no Rio, o número de empresas com dívidas atrasadas para com o governo, e que procuraram acordos para parcelá-las, cresceu substancialmente, envolvendo o pagamento futuro de nada menos de Cr$ 18 bilhões, contra Cr$ 3 bilhões registrados em julho.

A DESOVA – Há duas explicações para o aumento da arrecadação dos Estados menos industrializados. Combate à sonegação, de um lado. De outro, a desova de estoques de produtos agrícolas que produtores e intermediários vinham retendo à espera de melhores preços, e ora vendidos, no mercado – com o conseqüente pagamento do imposto – ante a proximidade de novas safras.

A REAÇÃO – A alta de preços para o milho, soja, arroz e feijão teve um efeito imediato para a indústria: em agosto, houve um salto na venda de tratores, que vinha em queda há meses. Mais empregos na indústria.