Desmoralizada a equipe FHC

A arrecadação recorde de agosto e setembro derruba mitos defendidos pela equipe FHC/José Serra nos últimos meses – inclusive para forçar a aprovação do Fundo Social de Emergência. E desmascara poderosos grupos econômicos que têm manipulado a opinião pública, tentando convencê-la de que o País precisa de uma reforma constitucional a toque de caixa, que seria utilizada exatamente para privatizar a Previdência e quebra dos monopólios do petróleo e das telecomunicações.

Para quem não está lembrado, a equipe FHC/ José Serra usou um argumento absolutamente surpreendente para justificar cortes no orçamento da União para 1994 e mesmo para a contenção dos vencimentos do funcionalismo federal, e, para o “congelamento” das aposentadorias, no Plano Real. Basta pesquisar os jornais da época de discussão do orçamento, no Congresso, para comprovar: os economistas oficiais afirmavam que, com a queda violenta da inflação, prevista para o Plano Real, o “rombo” do Tesouro iria crescer de forma explosiva.

Qual era o argumento da equipe FHC? Segundo ela, a arrecadação ficaria estável ou cairia – porque a cobrança de impostos vinha sendo corrigida (pela Ufir, no caso do Governo Federal) e isso deixaria de ocorrer. Já as despesas, diziam eles, subiriam muito, porque elas NÃO vinham sendo corrigidas ao longo do ano – e, com isso, à medida que a inflação desvalorizava as verbas previstas, os Ministérios e órgãos públicos eram forçados até a conter seus gastos. Agora, a arrecadação explode. Pena que o Brasil seja um país de memória curta, e ninguém se lembre, a esta altura, das teorias geniais da equipe FHC/José Serra. Teorias que são maquiavelicamente usadas para tentar apressar uma reforma constitucional...